domingo, 30 de junho de 2013

quinta-feira, 27 de junho de 2013

511 - Nós somos realmente nós?

1 De acordo com o último censo realizado, há mais células bacterianas do que células humanas no corpo humano. Até dez vezes mais, segundo alguns estudos. Apesar de seu vasto número, essas bactérias só não ocupam um espaço proporcionalmente maior porque elas são menores do que as células humanas. No entanto, ainda que pareça algo assustador, a participação delas na economia humana deve ser vista como um fato salutar. LINK
2 O genoma humano contém cerca de 100.000 fragmentos de retrovírus endógenos, que compõem cerca de oito por cento de todo o nosso DNA. A evolução, que é um processo infinitamente criativo, pode transformar o que parece totalmente inútil em algo valioso. Desse modo, os detritos virais espalhados em nossos genomas acabam sendo matéria-prima para novos genes. E, de tempos em tempos, o DNA de origem retroviral tem sido aproveitado para nossos próprios fins. LINK

17/01/2016 - Atualizando ...
Por muito tempo, pensou-se que os corpos humanos contivessem 10 vezes mais bactérias do que células humanas. Masnovos cálculos sugerem que isso não é verdade. Um "homem normal" tem mais ou menos o mesmo número de bactérias e de células humanas em seu corpo. Ele seria formado por cerca de 40 trilhões de bactérias e 30 trilhões de células humanas. Isto é uma proporção de 1,3 bactérias para cada célula humana. LINK

segunda-feira, 24 de junho de 2013

510 - Respondedores excepcionais

O que acontece quando uma droga funciona - mas apenas para uma pessoa?
Realmente, é muito intrigante este artigo de Heidi Ledford, publicado em Nature News. É sobre uma classe de pacientes conhecidos por "respondedores excepcionais" (exceptional responders). Aqueles pacientes que recebem o benefício de um medicamento ou tratamento, que, de forma diversa, não acontece com os demais que participam de um ensaio clínico.
Quando se faz um ensaio clínico, observam-se os resultados nas médias dos grupos. Pretende-se saber, com isso, se uma droga apresenta um desempenho melhor do que o placebo, quando ela é administrada a muita gente. Às vezes, porém, as drogas, que não funcionam na maioria dos pacientes, parecem ter um efeito positivo sobre alguns felizardos.
Agora, os cientistas estão tentando descobrir por que isso acontece. O que torna essas pessoas especiais? E como isso pode mudar a forma de fazer pesquisas?

sexta-feira, 21 de junho de 2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

508 - Hérnias estranguladas

Comunicado original
CINCO CASOS DE HÉRNIA ESTRANGULADA
TRATADA POR DISTENSÃO AÉREA DOS INTESTINOS
COM O PACIENTE SENDO SACUDIDO
NA POSIÇÃO INVERTIDA
por Richard Griffin
In: British Medical Journal, 22 de outubro de 1864

O bocal de um fole foi introduzido no ânus do paciente para inflar os intestinos, enquanto um assistente segurava bem o conjunto, de modo a evitar, tanto quanto possível, o escape do ar das entranhas. [...]

Alice Deger

sábado, 15 de junho de 2013

507 - Aviões de guerra e lentes intraoculares

Muitas descobertas e invenções científicas já ocorreram por obra do acaso ou por terem sido ajudadas por erro ou acidente.
O caso mais conhecido é o da descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, quando um fungo (Penicillium notatum) contaminou acidentalmente placas de cultura de bactérias. Outro caso, em que o acidente aliou-se novamente ao estudo e ao conhecimento, foi o da invenção das lentes intraoculares.
A pessoa certa : o oftalmologista britânico Harold Lloyd Nicholas Ridley.
O timing: a Segunda Guerra Mundial.
O resultado: a concepção e o desenvolvimento das lentes intraoculares para a substituição do cristalino nas modernas operações de catarata.
Hoje, cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo recebem anualmente os implantes dessas lentes intraoculares.
Ler este fascinante artigo de Guillermo - La curiosa relación entre el avión de guerra “Spitfire” y las lentes intraoculares - no NAUKAS, um site de ciência, ceticismo e humor.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

506 - O Índio Cor-de-Rosa

Este ano comemora-se o centenário de nascimento do médico sanitarista e sertanista Noel Nutels (no centro da foto).
Judeu, nascido na distante Ucrânia, Noel Nutels (1913-1973) se definia, acima de tudo, como brasileiro. Não era à toa. Criado no Nordeste, ele dedicou grande parte de sua vida ao combate das doenças que assolavam o Brasil como a tuberculose, a malária e a varíola. Ele não poupou esforços ao sair do conforto do atendimento em consultório para o trabalho de campo. Foi assim que teve o primeiro contato com os índios, aderindo de forma pioneira à defesa destas populações, e consagrando-se, segundo Assunção Paiva, como um dos maiores indigenistas do país.
A história de sua vida foi contada em "Noel Nutels", publicação de sua autoria com diversos colaboradores, editada em 1975. Em 1978, Orígenes Lessa lançou "O Índio Cor-de-Rosa - Evocação de Noel Nutels". Sua biografia romanceada foi publicada em 1997, "A Majestade do Xingu", de Moacir Scliar.
Noel Nutels faleceu aos 60 anos, em 10 de fevereiro de 1973.

domingo, 9 de junho de 2013

505 - Um alfabeto epidemiológico

Vídeo (em inglês) escrito por Jennifer Gardy e animado por Tom Scott:


De repente, aquela vontade de lavar as mãos.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

504 - Corpo humano e nucleossíntese estelar

De que o corpo humano é feito?
Noventa e nove por cento é feito por átomos de apenas seis elementos químicos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio e fósforo, com o restante um por cento consistindo de elementos vestigiais como magnésio, enxofre e ferro.
Mas, de onde vêm esses elementos?
Esta pergunta representou, no início, um enigma para os cientistas. Pelo menos, até a publicação de um artigo científico, na metade do século XX, conforme explica o astrofísico Neil deGrasse Tyson:
"Houve um artigo seminal - um dos trabalhos de pesquisa mais importantes já publicados - que nos deu a descrição da origem dos elementos," responde Tyson num vídeo. "Esse documento é intitulado Synthesis of the Elements in Stars (Síntese dos Elementos nas Estrelas), mas é por vezes referido como o B2FH, após as iniciais dos autores. Foi publicado em Reviews of Modern Physics, em 1957. Antes de sua publicação, a teoria prevalente considerava que todos os elementos eram produtos do Big Bang, de 15 bilhões de anos atrás. Mas esta teoria explicava apenas a origem dos elementos leves, como hidrogênio e o hélio."
Então, de onde vêm os elementos pesados ​​encontrados na natureza?
O B2FH apontou que todos os elementos pesados ​​foram criados nas estrelas, através da fusão nuclear, em um processo conhecido como nucleossíntese estelar. Quando as estrelas "morrem", elas liberam os elementos pesados ​​para o espaço. Uma parte desse material é incorporado pelos planetas e, posteriormente, por nossos corpos.
Se este trabalho científico foi tão importante, por que tão poucos não-cientistas sabem sobre ele?
De acordo com Tyson, é porque o trabalho em sua origem não se encaixou nas noções convencionais de uma descoberta científica.
"Nós somos feitos da poeira das estrelas." Carl Sagan

domingo, 2 de junho de 2013

503 - Uma homenagem a Petri

Em 31/05/13, o Google fez uma homenagem ao bacteriologista Julius Richard Petri, criando uma animação (doodle) que faz referência à placa de Petri.
A invenção, usada até hoje em laboratórios do mundo inteiro, consiste no cultivo de microrganismos em recipientes de vidro ou plástico.
O doodle traz seis placas, representando as seis letras da palavra Google, cada uma correspondendo a uma cultura diferente de bactérias.
Petri nasceu no ano de 1853 em Barmen, na Alemanha e se formou em medicina em 1876. O bacteriologista desenvolveu a placa que recebe o seu nome, entre 1877 e 1879. enquanto trabalhava com Robert Koch, o cientista alemão que identificou o bacilo da tuberculose.